sábado, 15 de outubro de 2011

O TUTOR DE SALA

Para José Manuel Moran, Doutor em Comunicação pela USP Professor de Novas Tecnologias no Curso de Televisão da USP, via site, “O cerne de toda e qualquer educação deve ser a interação e a interlocução entre todos os envolvidos no processo. Com as tecnologias interativas isso está sendo possível na educação a distância”. “Teremos aulas à distância com possibilidade de interação online (ao vivo) e aulas presenciais com interação à distância”.
Segundo Maria Christina Zentgraf, doutora em Educação pela UFRJ, consultora do ABT e professora associada junto ao Programa de Teleducação da Universidade Castelo Branco, a teleducação requer do cursista qualidades nem sempre valorizadas no ensino presencial: a autonomia, o autodidatismo e a autodisciplina.  “O uso de tecnologias na Educação varia em decorrência das possibilidades socioeconômicas e tecnológicas de cada país, ou de regiões dentro de um mesmo país como é o caso do Brasil, das instituições de ensino e do alunado”. “A educação hoje visa uma formação de cidadãos participativos, conscientes de seus direitos e deveres e preocupados com a transformação e aperfeiçoamento da sociedade”. Maria Christina Zentgraf.
Segundo a Tese de doutorado de Alex Fernando Ferreira Primo (2003), sobre comunicação em EaD:

O estudo da comunicação humana, entre alunos e professores, era muito simplista, e foi aí que retornei à comunicação interpessoal, porque desde o início da Web se via que a comunicação de massa era sempre o modelo ïum - todos`. E na internet se permite o modelo ïum - um` ou ïtodos - todos`. Por isso me pareceu lógico estudar os chats e os fóruns, explica PRIMO 2003, p. 256. 
Freire (1977, p.69) afirma que “a educação é comunicação, é diálogo, na medida em que não é transformação do saber, mas um encontro de sujeitos interlocutores que buscam a significação dos significados”.
Segundo Barros Nunes definir a educação a distância é como uma sistemática de auto-estudo que pode ser realizada através dos meios de comunicação. É uma maneira de ensinar onde existe uma separação física entre professor e aluno, mas que prevê a intercomunicação e possibilidade de encontros periódicos entre as partes.
Nogueira, em 1996, segundo o autor se trata de uma forma de ensino que proporciona ao aluno que não tem condições de comparecer diariamente à escola a oportunidade de adquirir os conteúdos que são repassados aos estudantes da educação convencional. Possibilita a eliminação das distâncias geográficas, econômicas, sociais, culturais e até mesmo psicológicas. E ainda proporciona ao aluno a organização do seu tempo de estudo, sem limitações físicas.
Seguindo por essa mesma linha, sobre os tutores de sala Carmenísia (1997) dizia que a formação e capacitação docente na área do ensino a distância são uma necessidade nos dias de hoje, quando necessário se faz uma leitura crítica da sociedade tecnológica, revendo a prática individual no âmbito institucional como também na perspectiva da educação a distância. É preciso destacar a importância da tutoria nesta modalidade por serem os mediadores da comunicação.
A Educação a Distância,

embora tenha origens remotas no ensino por correspondência, tem se desenvolvido a passos gigantescos, praticamente em todo o mundo, a partir dos anos 60. Ela é o produto de um conjunto de desafios que paulatinamente puseram em jogo os modelos de educação em todo o mundo, colocando-se como alternativa apropriada à democratização da educação e para a permanente produção e atualização dos conhecimentos gerados de forma cada vez mais intensa pela ciência e cultura humanas. (Carmenísia, 1997, p. 125)
Sendo que a melhor característica do EAD é flexibilidade de horários e de adaptação do aluno, chegamos ao século XXI com essa modernidade educacional, onde é possível trabalhar e estudar sem se locomover muito. Como salienta Carmo (2001) “Assim, nos sistemas de Educação a Distância destacam-se pelo menos quatro elementos básicos ligados entre si: a) os materiais didáticos, b) os sistemas de comunicação, c) a ação tutorial e, d) os procedimentos administrativos”.
Esse mesmo autor ainda enfatiza a importância do tutor de sala quando escreve que:


A ação tutorial poderá ajudar a diminuir as taxas de abandono, que não são pequenas nesta modalidade de ensino. O tutor/a é o vínculo entre os demais elementos que constituem o sistema, com papel e funções distintas do professor/a convencional. A prática tutorial é revestida de um conteúdo didático que se evidencia através da informação, motivação, assessoramento e orientação aos estudantes. Para a autora não há um modelo padrão de tutoria a ser adotado. Cada sistema organizará o seu de acordo com suas necessidades específicas. (CARMO 2001, p. 176)

Ainda para enfatizar, o acompanhamento do tutor pode acontecer de dois modos: Presencial ou a Distância, sem deixar de lado a questão afetiva e motivacional do aluno, criando um vínculo permanente. Conta também nesse segmento tutorial o conhecimento na semântica do curso.
Segundo o SEBRAE, “Educação a Distância, além de ensinar e capacitar, é uma ferramenta de inclusão digital”. Para ensinar com multimeios existem muitas ferramentas, como o hipertexto. O hipertexto é uma forma revolucionária, uma nova modalidade de criação artística e literária. Nos movimentamos de um site para outro com grande velocidade e sem caminhos pré-estabelecidos. Para Pedro Barbosa (1998) a poesia animada por computador, a literatura generativa e a hiperficção delineiam três grandes linhas, gêneros ou tendências dessa nova criação textual.






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