quarta-feira, 18 de abril de 2012

Gatos do Parque- Fortaleza: Rifa em prol dos gatinhos

Gatos do Parque- Fortaleza: Rifa em prol dos gatinhos: Levando em consideração os gastos e visando ajudar quem quer ajudar, elaboramos uma rifa em prol dos gatinhos que hospedo em minha casa (no ...

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Ariovaldo Adriano Ribeiro: Crie um bom ano!

Ariovaldo Adriano Ribeiro: Crie um bom ano!: Já faz alguns anos que assisti a uma palestra do meu amigo, Roberto Okito Fugiwara, falando da passagem do ano, e é impressionante que to...

sábado, 15 de outubro de 2011

O TUTOR DE SALA

Para José Manuel Moran, Doutor em Comunicação pela USP Professor de Novas Tecnologias no Curso de Televisão da USP, via site, “O cerne de toda e qualquer educação deve ser a interação e a interlocução entre todos os envolvidos no processo. Com as tecnologias interativas isso está sendo possível na educação a distância”. “Teremos aulas à distância com possibilidade de interação online (ao vivo) e aulas presenciais com interação à distância”.
Segundo Maria Christina Zentgraf, doutora em Educação pela UFRJ, consultora do ABT e professora associada junto ao Programa de Teleducação da Universidade Castelo Branco, a teleducação requer do cursista qualidades nem sempre valorizadas no ensino presencial: a autonomia, o autodidatismo e a autodisciplina.  “O uso de tecnologias na Educação varia em decorrência das possibilidades socioeconômicas e tecnológicas de cada país, ou de regiões dentro de um mesmo país como é o caso do Brasil, das instituições de ensino e do alunado”. “A educação hoje visa uma formação de cidadãos participativos, conscientes de seus direitos e deveres e preocupados com a transformação e aperfeiçoamento da sociedade”. Maria Christina Zentgraf.
Segundo a Tese de doutorado de Alex Fernando Ferreira Primo (2003), sobre comunicação em EaD:

O estudo da comunicação humana, entre alunos e professores, era muito simplista, e foi aí que retornei à comunicação interpessoal, porque desde o início da Web se via que a comunicação de massa era sempre o modelo ïum - todos`. E na internet se permite o modelo ïum - um` ou ïtodos - todos`. Por isso me pareceu lógico estudar os chats e os fóruns, explica PRIMO 2003, p. 256. 
Freire (1977, p.69) afirma que “a educação é comunicação, é diálogo, na medida em que não é transformação do saber, mas um encontro de sujeitos interlocutores que buscam a significação dos significados”.
Segundo Barros Nunes definir a educação a distância é como uma sistemática de auto-estudo que pode ser realizada através dos meios de comunicação. É uma maneira de ensinar onde existe uma separação física entre professor e aluno, mas que prevê a intercomunicação e possibilidade de encontros periódicos entre as partes.
Nogueira, em 1996, segundo o autor se trata de uma forma de ensino que proporciona ao aluno que não tem condições de comparecer diariamente à escola a oportunidade de adquirir os conteúdos que são repassados aos estudantes da educação convencional. Possibilita a eliminação das distâncias geográficas, econômicas, sociais, culturais e até mesmo psicológicas. E ainda proporciona ao aluno a organização do seu tempo de estudo, sem limitações físicas.
Seguindo por essa mesma linha, sobre os tutores de sala Carmenísia (1997) dizia que a formação e capacitação docente na área do ensino a distância são uma necessidade nos dias de hoje, quando necessário se faz uma leitura crítica da sociedade tecnológica, revendo a prática individual no âmbito institucional como também na perspectiva da educação a distância. É preciso destacar a importância da tutoria nesta modalidade por serem os mediadores da comunicação.
A Educação a Distância,

embora tenha origens remotas no ensino por correspondência, tem se desenvolvido a passos gigantescos, praticamente em todo o mundo, a partir dos anos 60. Ela é o produto de um conjunto de desafios que paulatinamente puseram em jogo os modelos de educação em todo o mundo, colocando-se como alternativa apropriada à democratização da educação e para a permanente produção e atualização dos conhecimentos gerados de forma cada vez mais intensa pela ciência e cultura humanas. (Carmenísia, 1997, p. 125)
Sendo que a melhor característica do EAD é flexibilidade de horários e de adaptação do aluno, chegamos ao século XXI com essa modernidade educacional, onde é possível trabalhar e estudar sem se locomover muito. Como salienta Carmo (2001) “Assim, nos sistemas de Educação a Distância destacam-se pelo menos quatro elementos básicos ligados entre si: a) os materiais didáticos, b) os sistemas de comunicação, c) a ação tutorial e, d) os procedimentos administrativos”.
Esse mesmo autor ainda enfatiza a importância do tutor de sala quando escreve que:


A ação tutorial poderá ajudar a diminuir as taxas de abandono, que não são pequenas nesta modalidade de ensino. O tutor/a é o vínculo entre os demais elementos que constituem o sistema, com papel e funções distintas do professor/a convencional. A prática tutorial é revestida de um conteúdo didático que se evidencia através da informação, motivação, assessoramento e orientação aos estudantes. Para a autora não há um modelo padrão de tutoria a ser adotado. Cada sistema organizará o seu de acordo com suas necessidades específicas. (CARMO 2001, p. 176)

Ainda para enfatizar, o acompanhamento do tutor pode acontecer de dois modos: Presencial ou a Distância, sem deixar de lado a questão afetiva e motivacional do aluno, criando um vínculo permanente. Conta também nesse segmento tutorial o conhecimento na semântica do curso.
Segundo o SEBRAE, “Educação a Distância, além de ensinar e capacitar, é uma ferramenta de inclusão digital”. Para ensinar com multimeios existem muitas ferramentas, como o hipertexto. O hipertexto é uma forma revolucionária, uma nova modalidade de criação artística e literária. Nos movimentamos de um site para outro com grande velocidade e sem caminhos pré-estabelecidos. Para Pedro Barbosa (1998) a poesia animada por computador, a literatura generativa e a hiperficção delineiam três grandes linhas, gêneros ou tendências dessa nova criação textual.







Estamos vivendo um tempo em que as mentes estão interagindo com ferramentas de comunicação, cabeças pensantes capazes de gerar informações e conhecimento como nunca antes visto produzido pelos coletivos digitais. “A sociedade da Informação exige das organizações cada vez mais a valorização do capital intelectual, onde o principal insumo é o conhecimento dos profissionais de todos os níveis, auxiliado pelo uso intensivo das TIC’s” (STEWART, 1998; SENGE, 1990).
“O conhecimento apóia-se na tecnologia, nas pessoas, enquanto que as organizações estão tentando operar cada vez mais em redes de unidades produtivas, em grau crescente de autonomia e sinergia” (TEIXEIRA FILHO, 2001). Comprovando que a informação, o conhecimento e a inovação tecnologia, possibilitam a todos desempenharem as atividades com maior facilidade, segurança, com menos tempo, menos custo e consequentemente maior valor agregado, uma distribuição mais justa da renda e emprego.
As tecnologias da informação são meios para a construção das informações, transformadas em conhecimento, fazendo com que a pessoa tenha e desenvolva maior criatividade, pois segundo pesquisa as pessoas só lêem na internet aquilo que as interessa realmente:


Jakob Nielsen e John Morkes constaram em uma pesquisa que 79 % dos usuários de Internet sempre lêem palavras ou trechos escolhidos, através de títulos atrativos, enquanto somente 16 % se detêm na leitura do texto completo[1] [2] .Na França: 85% dos alunos de ensino fundamental (8ª série) se contentam com os resultados trazidos pelo primeiro site de busca consultados e somente lêem rapidamente os primeiros três resultados trazidos. Isto quer dizer que a maior parte dos alunos procura o que é mais fácil, o imediato e o lê de forma fragmentada, superficial. E quanto mais possibilidades de informação, mais rapidamente tendemos a navegar, a ler pedaços de informação, a passear por muitas telas de forma superficial. ( http://www.eca.usp.br/prof/moran/utilizar.htm)


Um dos problemas que hoje o Brasil enfrenta é que não temos uma cultura voltada para a educação á distância, em função da resistência do ensino presencial, outro problema é o lixo eletrônico que ainda não temos políticas claras



LEIS DO EAD BRASIL

Sobre Leis gostaria de salientar o papel da Secretaria de Educação a Distância (SEED) que foi oficialmente criada pelo Decreto nº 1.917, de 27 de maio de 1996. E das suas primeiras ações: o canal Tv Escola e a apresentação do documento-base do “programa Informática na Educação”, na III Reunião Extraordinária do Conselho Nacional de Educação (CONSED).  E, após discutir suas diretrizes iniciais, foi lançado oficialmente, em 1997, o Programa Nacional de Informática na Educação (Proinfo), cujo objetivo foi a instalação de laboratórios de informática nas escolas públicas urbanas e rurais do ensino básico de todo o Brasil. Onde, no meu entender, começou oficialmente a EAD nacional.

Assim, o Ministério da Educação através da SEED, atua como um agente de inovação tecnológica nos processos de ensino e aprendizagem, incorporando as tecnologias de informação e comunicação (TICs) aos métodos de educação a distância didático-pedagógicos.
Da Constituição Brasileira de 1988, cito o Art. 207 que dá autonomia às universidades para gerir suas atividades de ensino;
Na LDB 1996 - art. 80 dá equivalência entre cursos presenciais e a distância. O Decreto Nº. 5.622, de 19 de dezembro de 2005, regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (LDB).
Decreto N.º 5.773, de 09 de maio de 2006;
Decreto N.º 6.303, de 12 de dezembro de 2007;
Decretos nos 5.622, de 19 de dezembro de 2005, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e 5.773, de 9 de maio de 2006.
Também saliento:
Portaria nº 1, de 10 de janeiro de 2007;
Portaria nº 40, de 13 de dezembro de 2007;
Portaria nº 10, de 02 julho de 2009; todas voltadas aos cursos de graduação.
A EaD é uma comunicação de múltiplas vias, de possibilidades ampliadas por mudanças tecnológicas de modalidades alternativas para superar limites de tempo e espaço. Seus referenciais são fundamentados nos quatro pilares da Educação do Século XXI publicados pela UNESCO, que são: “aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser. “

Nesses moldes da UNESCO:
... a Educação deixa de ser concebida como mera transferência de informações e passa a ser norteada pela contextualização de conhecimentos úteis ao aluno. Na educação a distância, o aluno é desafiado a pesquisar e entender o conteúdo, de forma a participar da disciplina.


CEM ANOS DE EAD BRASIL

A Educação a Distância (EaD) teve três gerações definidas em etapas, da seguinte forma:

Primeira geração: Ensino por correspondência, caracterizada pelo material impresso iniciado no século XIX. Nesta modalidade, por exemplo, o pioneiro no Brasil é o Instituto Monitor, que, em 1939, ofereceu o primeiro curso por correspondência, de Radiotécnico. Em seguida, temos o Instituto Universal Brasileiro atuando há mais de 60 anos nesta modalidade educativa, no país…
Segunda geração: Teleducação/Telecursos, com o recurso aos programas radiofônicos e televisivos, aulas expositivas, fitas de vídeo e material impresso. A comunicação síncrona predominou neste período. Nesta fase, por exemplo, destacaram-se a Telescola, em Portugal, e o Projeto Minerva, no Brasil;
Terceira geração: Ambientes interativos, com a eliminação do tempo fixo para o acesso à educação, a comunicação é assíncrona em tempos diferentes e as informações são armazernadas e acessadas em tempos diferentes sem perder a interatividade. As inovações da World Wide Web possibilitaram avanços na educação a distância nesta geração do século XXI. Hoje os meios disponíveis são: teleconferência, chat, fóruns de discussão, correio eletrônico, blogues, espaços wiki, plataformas de ambientes virtuais que possibilitam interação multidirecional entre alunos e tutores.